Injúria racial

Defensora pública que chamou homem de macaco é indiciada

Caso aconteceu no fim de abril na Região Oceânica de Niterói

Defesa alegou que inexiste qualquer ofensa racial
Defesa alegou que inexiste qualquer ofensa racial |  Foto: Arquivo/Vítor Soares
 

A defensora pública aposentada Cláudia Alvarim, que chamou um homem de macaco, foi indiciada pelo crime de injúria racial, nesta terça-feira (31). A ação preconceituosa aconteceu no dia 30 de abril, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. 

Ela faltou em todas as três vezes que foi chamada para depôr sobre o fato. Apenas foi apresentada uma defesa, alegando que ''inexiste qualquer ofensa racial''. 

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Apesar da negativa, há um vídeo em que ela aparece proferindo a ofensa ''macaco'', comumente utilizada de forma racista contra pessoas negras. 

Ao ENFOCO, o delegado Carlos César, titular da 81ª DP (Itaipu) e responsável pelo caso, falou sobre a situação.

O Inquérito já foi finalizado e enviado do ao Ministério Público. Ela não compareceu e foi indiciada. Injúria por Preconceito artigo 140 , paragrafo 3°do Código Penal Carlos César, Delegado responsável
  

Relembre o caso

No dia 30 de abril deste ano, dois entregadores estavam exercendo seu trabalho em um condomínio de luxo em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, quando tiveram sua atenção chamada para uma mulher que questionava o fato de uma van ter sido estacionada em frente à sua casa, a impedindo de sair com o seu veículo. 

Apenas um dos entregadores estava presente e explicou que o motorista já viria para retirar a van. De acordo com a acusação, a mulher começou a proferir xingamentos e até atirar objetos no veículo. Logo depois, o responsável pela condução da van chegou.

Com a sequência de xingamentos, o entregador começou a gravar a situação e flagrou a mulher o chamando de 'macaco'. Por conta da ofensa racial, os dois registraram o caso na Delegacia de Itaipu (81ª DP).  

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